literatura

uma nuvem

Meu medo estava nele, porque ele era eterno, ele era eterno em todos os sentidos, eu voei para longe dele, e girei em torno dele, ele não se importou mais, como uma muda de manjericão que veio do absurdo. Eu adorava o cacto porque era tão solitário e vazio, eu não sabia que poderia conter tantas plantas ao lado dele. Meu medo estava preso nele e eu ainda não queria escapar.


Eu estava voando e pousei em suas mãos como uma pomba.
Gosto de me agarrar a ele como uma garotinha que se agarra ao pai apesar da raiva dele porque esqueceu de comer. Eu amo como ele me conta histórias estranhas, e como ele me torna algo invisível e intangível.

Quando ele vem, o tempo evapora como se não fosse. Eu amo como me tornei quem eu sou, com ele. Onde não somos mais uma única nuvem, somos uma nuvem.

Artigos relacionados

Assista também
Fechar
Ir para o botão superior
Inscreva-se agora gratuitamente com Ana Salwa Você receberá nossas novidades primeiro, e nós lhe enviaremos uma notificação de cada nova لا نعم
Mídia Social Auto Publicar Powered By: XYZScripts.com